sábado, novembro 23, 2024
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Brasil virou “celeiro do mundo” e já lidera exportações mundiais de sete alimentos, diz BTG

Com pouco mais de 200 milhões de habitantes, país hoje produz alimentos suficientes para necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, equivalendo a 11% da população globalCaminhão carregado de soja em Mato GrossoCaminhão carregado de soja em Mato Grosso. Paulo Whitaker/REUTERS

O Brasil já exerce a liderança nas exportações globais de pelo menos sete alimentos, segundo relatório distribuído a clientes nesta segunda-feira (4) pelo BTG Pactual, que chama o país de “celeiro do planeta”.

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De acordo com o levantamento do banco, o Brasil se tornou maior exportador mundial de soja (56% das exportações totais), milho (31%), café (27%), açúcar (44%), suco de laranja (76%), carne bovina (24%) e carne de frango (33%). Além disso, é vice-líder nas vendas de outras duas commodities: etanol e algodão.

Com pouco mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil hoje produz alimentos suficientes para as necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, o que equivale a 11% da população global.

O relatório cita uma série de números para mostrar o “milagre da agricultura tropical” brasileira. A produção de grãos, por exemplo, subiu de 47 milhões de toneladas em 1977 para as 312 milhões de toneladas atuais. A produtividade agrícola aumentou 58% desde o ano 2000 — no mesmo período o crescimento foi de 37% nos países emergentes e de 32% nas economias avançadas.

O BTG Pactual nota que o financiamento ao agro tem migrado, ao longo do tempo, de um perfil baseado em subsídios oficiais para uma linha de mercado. Para a safra 2023/24, 67% dos recursos para financiamento são privados e apenas 33% têm origem no governo.

Conforme o levantamento do banco, apenas 8% do território brasileiro é ocupado por cultivos – a proporção é de 14% na Argentina, 18% nos Estados Unidos e na China, 58% na França, 61% na Índia.

“As pastagens brasileiras ainda são pobres em termos de qualidade e produtividade”, afirma o relatório, estimando que 40% dos 73 milhões de hectares usados para a criação de gado estão “moderadamente ou severamente degradados”. Por isso, podem ser convertidos em plantações e aumentar ainda mais a área cultivada.

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