O cabeleireiro Wanderson Pereira de Menezes de 34 anos foi assassinado a facadas e com um tiro após ser atraído para um encontro falso. O corpo dele foi encontrado às margens da rodovia TO-080. Dois adolescentes foram apreendidos e um jovem foi preso por envolvimento no crime. Uma quarta pessoa é procurada pela polícia.
Quem era o cabeleireiro?
Wanderson Pereira de Menezes tinha 34 anos. Ele nasceu em Natividade e se mudou para Porto Nacional há 10 anos. Na cidade ele se profissionalizou e abriu seu próprio negócio no setor da beleza. De acordo com um dos irmãos, o empresário Ernanny Pereira de Menezes, ele era um jovem honesto, humilde, trabalhador e sonhador.
“Deixou sua cidade natal com um secador, uma escova e um sonho de se tornar um profissional renomado e mudar a vida de toda a sua família. Era uma pessoa acolhedora, cativante e muito alegre”.
O cabeleireiro era solteiro e morou sozinho por anos. Segundo a família, há 10 dias a irmã de Wanderson se mudou para Porto Nacional para morar com ele. O corpo enterro aconteceu na manhã de quinta-feira (15).
Como foi o planejamento do crime?
Wanderson desapareceu na última segunda-feira (12), em Porto Nacional. Segundo a Polícia Civil, os criminosos teriam atraído o cabeleireiro para um falso encontro com a intenção de roubá-lo, mas acabaram matando-o com facadas e tiro na cabeça.
O carro da vítima foi visto na rodovia BR-153, no trecho que fica na zona rural de Paraíso do Tocantins, por volta das 22h da última terça-feira (13). Já o corpo foi encontrado às margens da rodovia TO-080, por volta das 5h de quarta-feira (14).
Dois adolescentes envolvidos no crime informaram à polícia que pretendiam vender o veículo em Paraíso, mas devido a repercussão do desaparecimento eles resolveram queimá-lo. O veículo foi guinchado e levado para a 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil (CAPC).
Como os suspeitos foram presos?
Segundo a Polícia Militar (PM), na terça-feira um policial à paisana viu um carro com características semelhantes ao de Wanderson entrando em loteamento deserto, próximo a um frigorífico, e sendo seguido por uma motocicleta. O militar suspeitou da ação e resolveu segui-los.
Quando os veículos pararam, o policial tentou abordá-los e se identificou. O homem que estava dirigindo o carro da vítima desceu do veículo e subiu na garupa da motocicleta, momento em que fugiram. Policiais foram chamados no local e confirmaram que se tratava do veículo do cabeleireiro. Dentro do carro estava um galão de cinco litros com gasolina.
Com apoio da Força Tática e Polícia Rodoviária Federal, dois adolescentes de 14 e 15 anos foram apreendidos na TO-255. Na quarta-feira (14), o terceiro suspeito de 18 anos também foi preso por envolvimento no latrocínio. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Como foi a execução do crime?
Após atrair Wanderson para um encontro falso, os suspeitos pegaram o celular da vítima e descartaram em uma região de mata. Segundo a polícia, eles também chegaram a fazer compras com o cartão de crédito do cabeleireiro.
Antes de ser morto, Wanderson teve o corpo amarrado e jogado dentro do porta-malas do próprio carro, segundo a Polícia Civil.
Conforme a SSP, o terceiro envolvido, de 18 anos, segurou a vítima para que os adolescentes o esfaqueassem. Um quarto suspeito, que já foi identificado, está sendo procurado pela Polícia Civil e seria o responsável por atirar na cabeça de Wanderson.
Como estão as investigações?
O jovem de 18 anos, foi autuado pelos crimes análogos a latrocínio e ocultação de cadáver e encaminhado para a Unidade Penal Regional de Porto Nacional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Os dois adolescentes apreendidos tiveram um Termo Circunstanciado de Ocorrência lavrado também pelos crimes análogos a latrocínio e ocultação de cadáver. Até esta quarta-feira (14), os dois ainda aguardam vaga em uma unidade socioeducativa para onde serão encaminhados.
O g1 solicitou informações à Secretaria de Segurança Pública sobre o encaminhamento dos jovens à unidade socioeducativa e aguarda retorno.
O caso segue sendo investigado pela 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional).
O que falta saber?
- Onde está o quarto suspeito?
- Como eles atraíram o cabeleireiro para o encontro falso?
- Qual a motivação para a morte da vítima após o roubo?
- A vítima conhecia os suspeitos?
FONTE: g1 Tocantins.