quinta-feira, novembro 21, 2024
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Filho de caseiro cobra andamento de investigação após 50 dias de desaparecimento do pai: ‘Até hoje nada’

Antonio Sampaio Rodrigues, de 61 anos, sumiu há mais de 40 dias após sair de barco para levar dois colegas até a outra margem de lago. Secretaria diz que caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.

desaparecimento de Antonio Sampaio Rodrigues, de 61 anos, em Lagoa da Confusão completou 52 dias nesta terça-feira (20). Sem saber o que aconteceu, um dos filhos dele, Welton Sampaio Rodrigues, de 28 anos, busca por respostas sobre paradeiro do pai e cobra por andamento das investigações.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Delegacia de Lagoa da Confusão continua investigando o desaparecimento, mas que até o momento não há novidades quanto ao possível paradeiro do idoso. (Veja nota completa abaixo)

Antonio foi visto pela última vez no dia 29 de junho deste ano. Ele trabalhava como caseiro em uma fazenda na zona rural da cidade. A embarcação em que ele estava quando sumiu foi encontrada à deriva no dia seguinte ao desaparecimento.

Ele saiu da fazenda em que trabalha para levar dois colegas até a outra margem do lago, na região do povoado de Capão do Coco, a 70 km de Dueré. Depois disso a família não teve mais notícias. Os bombeiros encerraram as buscas no dia 2 de julho.

De acordo com Welton, desde que começou a investigação, ele não teve nenhuma novidade sobre o caso e reclamou da atuação da Polícia Civil no caso.

“A gente pediu que a polícia fizesse uma perícia nos telefones dos principais suspeitos, que são os dois rapazes que meu pai atravessou na época, e a Polícia Civil não retornou. Na época do desaparecimento a polícia não fez perícia no barco. Não se empenharam em levar cão farejador para fazer buscas pela mata. O delegado disse que ia tentar um helicóptero para fazer um voo por cima da fazenda e não deu resposta”, reclamou.

Para o filho do caseiro, é preciso uma resposta da polícia e também do dono da fazenda em que o pai trabalhava há cerca de dois anos. “É como se fosse uma pessoa que nunca existiu na vida. Desapareceu, ficou por isso mesmo e até hoje nada. A Polícia Civil só fala que não tem novidade. A gente queria uma resposta para saber o que houve com ele, se alguém fez alguma maldade com ele. É muito angustiante”, lamentou.

A família ainda acredita que seria preciso ouvir a companheira de Antonio e os rapazes que a vítima levou no barco.

O que diz a SSP

Questionada sobre a demora em ter respostas para os parentes do idoso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Delegacia de Lagoa da Confusão continua investigando o desaparecimento, mas que até o momento não há novidades quanto ao possível paradeiro.

Mas informou que tanto os dois funcionários da fazenda, como o seu proprietário, companheira e os filhos de Antonio foram ouvidos no inquérito.

A SSP detalhou que pouco antes de desaparecer, Antonio estava com os funcionários e a companheira fazendo uso de bebida alcoólica. O idoso resolveu fazer a travessia de barco com os colegas para a outra margem do rio e depois disso, não foi mais visto.

Conforme o inquérito, Antonio não sabia nadar, não estava usando colete salva-vidas e a polícia acredita que ele tenha caído do barco. O chinelo que ele usava ainda estava dentro da embarcação.

Além disso, não foi observado indícios de violência na embarcação ou fora dela e a pasta destacou que o rio onde ele teria desaparecido possui animais de grande porte, como jacarés e peixes maiores.

Quanto ao questionamento do filho sobre a perícia em celulares as pessoas que estavam com o idoso, a polícia afirmou que não houve necessidade, já que o idoso era muito querido na região e não tinha inimigos. Também destacou que estão sendo tomadas as providências necessárias para a elucidação do caso.

Veja nota completa da SSP:

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) reitera que a Polícia Civil, por meio da 58ª Delegacia de Lagoa da Confusão, segue investigando o desaparecimento de Antônio Gonçalves Rodrigues, ocorrido no dia 29 de junho.

A SSP-TO reitera ainda que, tanto os dois funcionários da fazenda em que ele trabalhava, o seu proprietário, a companheira e os filhos de Antônio foram ouvidos pela autoridade policial.

Conforme apurado, o senhor Antônio, os dois funcionários e a companheira, momentos antes de seu desaparecimento, faziam uso de bebida alcoólica. Após, o senhor Antônio resolveu atravessar os dois companheiros para o outro lado da margem do rio. Depois da travessia, o senhor Antônio resolveu dar mais uma volta pelo lago. Ele não sabia nadar e não usava colete salva-vidas. Acredita-se que ele tenha caído do barco, uma vez que havia apenas um chinelo dentro da embarcação. Vale ressaltar que o local é rico em vida animal, com jacarés e peixes de porte grande.

Não foi observado nenhum indício de violência na embarcação ou fora dela.

A SSP-TO informa que quanto aos celulares, a autoridade policial não viu necessidade de perícia porque o senhor Antônio era bem querido, não tinha inimigos entre os envolvidos e muito menos fora desse ciclo.

Por fim, a SSP-TO reitera que todas as providências necessárias estão sendo tomadas para a elucidação do caso com a máxima brevidade estão sendo tomadas pela Polícia Civil.

Outras informações serão repassadas em momento oportuno.

Secretaria da Segurança Pública do Tocantins

FONTE: g1 Tocantins.

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